quinta-feira, outubro 26, 2006

O silêncio é a melhor forma de disfarçar a falta de palavras

Cada vez que chegas a casa, depois de mais um dia de frustrações, celebrações, discussões, de emoções, tudo é motivo para te entregares ao álcool, esse teu amigo imaginário que te tolha a mente, te molda e domina, esse diabo que em ti não vive, mas em ti persiste.
Por incrível que pareça, é esse o mesmo diabo que faz com que cada vez mais falhes os teus golpes, talvez também porque aprendi a prevê-los com o passar dos anos.
Motivos, á muito que deixou de haver motivos, serei..?? serei não, sou o elo mais fraco de qualquer elo, de qualquer mundo em que só tu vives, e que nem tu próprio sabes que existe, e eu sou o elo que te liga a uma realidade muito tremule.
Sabes quem sou??? Tua mulher, filha ou irmã? Será que te lembras do meu nome? Pois eu lembro-me do teu, trago gravadas na pele cada letra dele, que a fivela do teu cinto, fez o favor de tatuar.
Quando foi a ultima vês que viste o brilho do meu olho, quando foi a ultima vez que me deste colo, tal como o mar alisa a areia, a infância que não vivi, alisou-se das nossas memórias….da minha e da tua
Li algures num livro que “... que os sorrisos servem para uma data de coisas, como por exemplo para tapar buracos que aparecem quando o mar de palavras se transforma em deserto…”, há quanto tempo os nossos jantares não são regados com o aroma das palavras, será que sabes que eu existo?
Saber sabes, apenas não partilho contigo que adoro orquídeas ou que a minha cor preferida é o branco e que infelizmente cada minuto da tua ausência, é um pequeno momento de paz.
Será que sabes que não pedi para nascer e que a primeira frase que um dia disse foi……Adoro-te…..

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