quinta-feira, agosto 31, 2006

Eu confesso....


È uma palavra que dizem os entendidos, só existe no dicionário português….saudade!!
Eu confesso que descobri o significado dessa palavra tardiamente, quando me perguntavam se sentia saudades ou o que significava, eu respondia sempre, “não sei, para mim o que vives, vives e a vida segue, porque não dá para voltar a trás. Em parte sei que tenho razão, ou melhor racionalmente tenho razão!!!
Mas o facto é que a vida segue, a vida segui, mas comecei a sentir falta de pessoas, de lugares, de momentos, e comecei a pensar que se calhar era isso que se chama saudade.
Sinto saudade de ser adolescente, sinto saudades de certas e determinadas pessoas, sinto saudades de sítios onde estive varias vezes ou apenas uma, sinto saudades de momentos passados com essas pessoas.
Então o que é saudade?? Será a saudade a conjugação de 3 factores?? Pessoas, lugares e momentos?? Penso que poderá ser! Sente-se algo de especial por uma ou várias pessoas que estiveram connosco num lugar especial ou não e que fizeram-nos passar por um ou mais momentos especiais.
Até podemos não nos aperceber que um dia vamos sentir saudades daquilo. Daquela pessoa, daquele momento, daquele lugar.
Eu confesso…hoje sinto saudades de muito coisa, sinto saudades de pessoas, lugares, momentos que me fizeram feliz…..
Parei para ler este post...Assim que li a primeira frase veio à minha cabeça uma música do Gabriel, o Pensador.Aproveitei e pus um trecho dessa música (Tas a Ver?) neste comentário... A saudade... Ela existe, e se existe é porque os sentimentos estão presentes, o gostar!Aproveito também para dar destaque aos dois últimos versos da música. Se todos fossem assim tudo isto seria melhor, mas nós (Homens) nem sempre damos valor às pessoas com as quais sabemos que podemos contar... Somos um SER insatisfeito, buscamos a perfeição a todo o momento mas sabemos que nunca a atingiremos.
A música:
(...)
seja onde for, uma lágrima de dor
tem apenas um sabor e uma única aparência
a palavra saudade só existe em português
mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência solidão apavora, mas a nova amizade encoraja
e é por isso que a gente viaja
procurando um reencontro, uma descoberta
que compense a nossa mais recente despedida
(...)
é tudo temporário no tapete voador do calendário
há que temos forças, pra somar e dividir
enquanto estivermos aqui
se me ouvires cantando, canta comigo
se me vires chorando, sorri.
Abraços
Marco Faleiro
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Barco da consciência

Sentei-me no lugar onde me sento normalmente, oiço entoar, o som de uma concertina, tocada por um puto acompanhado da irmã.
Como bonita é aquela criança, longos cabelos castanhos, olhos castanhos, pele morena aciganada, um ar ingénuo de quem pouco ou nada sabe, mas que no rosto, trás consigo as marcas de um dia a dia árduo e difícil, igual a tantos outros.
De lugar em lugar, vai em busca de mais uma moeda, todos tentam ignorar a presença da jovem, mas é impossível. Ternura, pena, desgosto, desilusão, um sem fim de sentimentos, um sem fim de sensações demonstradas, todas menos uma, INDIFERENÇA, sim indiferença! Por mais que alguém tenta-se, não conseguiria ficar indiferente aquele quadro.
Saiu com o prato de plástico que trazia numa mão, vazio, mas lançou uma onda de mal estar geral naquele BARCO DA CONSCIÊNCIA
.
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Um pedido especial….um aconchego

Talvez muitos de vocês não se recordem de um gesto que os vossos pais faziam (os que faziam) e que na altura, nem os próprios pais nem vocês, se apercebiam de importância do gesto.
Eram vocês crianças e deitavam-se na hora Vitinho (lembram-se), e quando estavam quase a adormecer ou mesmo já a dormir, o pai ou mais vezes a mãe, iam ao vosso quarto, fazer um simples gesto, que vos fazia sentirem-se mais capazes de enfrentar os perigos da noite de sono, fazendo o tal gesto que vos transmitia calor, afecto e carinho .
Quantos de vós não sentiu o aconchego do lençóis, pelos vossos entes queridos, quantos de vós não sentiu o conforto do aconchego do cobertor, numa noite fria de Inverno, quantos de vós nunca pensou que sente saudade desse aconchego.
Falei atrás a importância de acto….nenhuma, dirão muitos!!
Eu penso que terá alguma, uma demonstração que deveria ser banal de afecto, carinho, preocupação,…….
Peço aos Dadinhos e Susanas, Narcisos e Sofias, Bibas e Cristinas, Filipes e Carlas, Hélios e Veras, etc , etc…que sempre que se lembrem aconcheguem os lençois dos vossos “petit´s”, dos Rafas, dos Rodrigos, dos Diogos, dos Gonçalos, das Carolinas, dos Alexandres, das Leonores, etc…. porque um dia quando eles tiverem a nossa idade, os nossos “petit´s” vão ter saudade do simples gesto que é esse aconchego dos cobertores numa noite de Inverno, tal como ás vezes quando parece que tudo nos corre mal , sentimos falta do colinho da mãe.
Agora perguntam-se vocês porque me lembrei de escrever sobre isto?? Como sabem trabalho com jovens de risco, jovens que não sabem, nem nunca sentiram esse gesto, o pai chega tarde, quando chega ou existe, e é desprendido de qualquer demonstração de afecto é pai, ou são pais….
Durante uma colónia fechada que fiz, tínhamos os miúdos a dormir quase todos destapados e aconchegamos a roupa a todos eles….no dia seguinte falamos sobre isso com eles e percebemos que nunca lhes tinham sentido essa banal demonstração de carinho.
Até ao fim da colónia, nós monitores, aconchegamos os cobertores aos “nossos” meninos todas as noites, na esperança que um dia também eles aconcheguem ao cobertores aos seus filhos……..






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Musica e Gostos Musicais


Num dos comentários que recebi ao blog, (que mais uma vez aproveito para agradecer), a minha amiga Denise, afirmou encontrar musicas, que quem olha para mim, não pensava que eu ouvisse.
Penso eu que ela se referia a 2 ou 3 musicas portuguesas que estão na abertura do blog.
A musica faz parte do meu dia a dia, e se acordo bem disposto, começo logo a cantar (mal eu sei) e a dançar.
É claro que tenho estilos musicais do qual gosto mais e que oiço mais, mas talvez fruto deste meu cruzamento afro europeu, e porque a musica é mundial, dou por mim a ouvir, por vezes um fado, um Sinatra, passando por U2 e por ai fora, indo ao regge, porque não uma musica clássica, sons tugas de vários géneros, hip- hop e claro Kisomba. Ou seja não gosto de me impor um rotulo e dizer que só oiço isto ou aquilo, oiço o que me apetece no momento, e também como me sentir no momento.
Como em quase tudo, há coisas que não gostamos e para mim, em termos musicais, não consigo ouvir aquelas bandas de rock muito pesado, daquelas que é mais barulho que outra coisa...há quem goste e isso respeito, cada um com a sua, todos com a nossa....
Gosto a dizer meio a brincar, meio a sério, que sou 1 cidadão do mundo, e este é o exemplo que melhor encontro, para encaixar nessa minha frase. A musica une, a musica acultura, a mesma musica que me faz ir de “Maria do Monte” Amália ou Mariza, a Bob Marley ou Philipe Monteiro, com ou sem paragens em “Chicago” ou “New York” de Sinatra, jogando ou não “Um GTA” ou uma "casa", com um simples toque num botão do leitor de cd´s.





Tribos Hurbanas…"atribulação urbana"

Existem os rappers, os hippies, os góticos, os surfistas, os betos, e mais alguns que agora não me recordo, chamam-lhes tribos urbanas, vestem-se de mesma forma, usam os mesmos acessórios, as mesmas expressões verbais, os mesmos cortes de cabelo, frequentam os mesmos sítios. São fruto de necessidade inata do Homem, se socializar, de se identificar com algo, muitas vezes com alguém.
Acho que todos nós pertencemos, em algum período da nossa adolescência, a uma tribo urbana, levando essa característica ou parte dela para a nossa vida adulta.
Todas elas tem a suas modas, as suas ondas, lembro-me que na minha “teenergidade”, a onda era ter cabelo cumprido e ser surfista, então se usa-se brinco, elas caiam para o lado, se tivesse uma scooter era deus….
Como é obvio também pertenci a uma tribo, também segui uma onda, mas não creio que a tenha trazido para a minha vida adulta, minto, pensando bem pertenço a tribo dos que se deslocam todos ou quase todos os fins de semana para verem um jogo do seu clube, sim isso também é ser de uma tribo.
Hoje e cada vez mais umas vão buscar características ás outras, não sei que nome terá esse fenómeno, aculturação não será, pois para mim as tribos urbanas não são uma cultura, mas por ventura poderei dar a esse fenómeno o nome de “atribulação urbana”, (será que acabei de inventar um termo novo) o facto de hoje vermos betos a ouvir kisomba, ou regae e metals writers (nome dado a quem faz graffity`s), mas como já vi um ex-skin numa discoteca africana, já nada me espanta nesta “atribulação urbana”.
Sejam de que tribo forem, sejam de que onda forem, não deixem é de ser vocês mesmos, dentro desta selva, palco, o que quisserem chamar, chamada vida….


mexendo no baú....

Corpos que bailam
Movem-se rapidamente ou ao passo lento da vida
Movem-se esbeltos e quentes
Cheios de querer, mais parecendo mar
Com uma força que tu próprio sentes

Corpos que bailam esquecendo magoas
Ou tentando esquecer!
Sabendo que uma dura verdade
Apenas tentam esconder

Corpos que se movem
Cheios de vida repletos
Corpos que bailam
Ao som de sons concretos

Corpos…formas de seres
Que com a tristeza ralham
Deixai-os viver
São apenas corpos que bailam


Actores
Ergo-me todas as manhãs
Para contemplar o belo mundo horrendo
Para representar neste palco
Que me fustiga e me vê sofrendo

Não tenho bem a noção
Do que me assusta mais
Se o palco onde bailo conscientemente
Se o meu mundo feito de imagens irreais

No entanto continuo erguendo-me
E vendo em meu redor vultos hipnotizados
Que serão apenas figurantes da minha peça
Que actuam sozinhos, mas não isolados
Por mim este palco onde represento
Em todas as manhãs que me ergo
Seriam todos os lugares, todos os sonhos
Onde com a minha imaginação chego

Mas não! Por mais que imagine
Este palco não muda
E a voz que espero ouvir
Continua a chegar-me surda

Mas não desisto de me erguer
Para continuar a contemplar o belo mundo horrendo
Para continuar a representar uma peça
Da qual fazes parte, mesmo não sabendo


Numa noite
Recordo o gosto do vivido!
Saboreio cada momento passado,
Cada gesto, cada olhar, cada palavra trocada,
Penso em ti enquanto a cidade dorme.

És a lua ou simplesmente a rua deserta que contemplo,
Numa noite fria, na luta contra a insónia,
Lágrimas febris de emoção, escorrem sobre o rosto,
Aquecendo-o na sombra gelada da escuridão.
Salpicando o corpo anónimo, dominado pelo vazio.

Chego ao extremo de forçosamente duvidar,
Da tua existência enquanto ser superior
Nego-te?? Não! Nego o sentimento acorrentado, amordaçado,
Experimento cumprir o árduo ritual do esquecimento.

Mas eis que respiro uma melodia perfumada que te trás de volta
É na chegada do sufoco que se atinge o limite!
Ergo a voz na tentativa de buscar-te, seja onde estiveres
É então que bruscamente se solta o grito aflito.

Ouves o meu grito! Não te manifestas!
Não sabes se é ensurdecedor ou mudo.
O teu silencio é mau, madrugada, tempestade
Mas não é só inspiração, é também dor

Por isso tenho presa em escutar a tua palavra
E espera é eternidade quando se ama!
Descobriste-me!
Tiras-te a mascara que me protege
Reconheço!
Rendo-me a eficácia do teu feitiço


Se a insegurança foi o preço da perda
É certo que ela se deixará morrer no instante
Em que voltar a ter algo que comigo trago
Sempre presente.
A doçura do teu olhar….!
algumas coisa que escrevi ...algures há 10 anos atrás....

quarta-feira, agosto 16, 2006

ninguém disse que....


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Muitos acreditam numa palavra chamada destino, muitos acreditam que o destino é um caminho que cada um constrói em cada opção que toma, muitos desistem ou nem começam uma luta e entregam a sua sorte ao destino, outros, não deixam nas mãos do destino e seguem um caminho, mesmo que esse caminho seja de amargura, tristeza, mesmo que aparentemente esse caminho seja o mais seguro, mas não, o que de facto lhe traga ao tal famosa felicidade ou mesmo que esse caminho seja doloroso, e que por inverso, no fim traga a tal famosa felicidade.
Confuso…?? Talvez, ninguém disse que a vida era fácil de entender, ninguém disse que nunca iríamos chorar, que nunca iríamos sofrer, ninguém disse que não nos cruzaríamos com pessoas que nos iriam marcar, nem disse que nunca viveríamos dilemas, que nunca teríamos que deixar o nosso futuro nas mãos do destino ou escolher o caminho para o nosso destino, nem disse que errar é humano, ninguém disse que uma má opção ou boa opção pode mudar para sempre a tua vida, ninguém disse…..
Ninguém pediu para nascer, ninguém escolheu o sexo com que nasceu, ninguém escolheu os pais que teve, a sorte que teve…o destino que teve….quando é que começa o nosso destino…..??? será que tiramos uma senha antes de sequer sermos gente….
Como neste momento gostava de ver tudo colorido…..mas não consigo, sofro por mim, sofro pelos que estão a minha volta, e tudo é negro, tudo é um buraco que nem eu sei que profundidade tem, penso que quanto mais velho sou, maiores e mais dolorosos são esse períodos, perdi o meu eu que estava em ti, e mesmo com essa perda, tenho que ir buscar forças para ajudar outros eu`s….
Para o meu destino escolhi…ser anjo que vai viver para te guardar, e em forma de humano vai viver para te amar, mesmo em silêncio, mesmo em sofrimento, mesmo vendo-te nos braços de outro…palavras para quê, se o que sinto está escrito no coração e nunca de lá sairá…
Dizem-me que o destino me há-de devolver o meu eu que levaste….não quero deixar essa sorte nas mãos do destino, e se ele nunca mais te trouxer de volta??? Quero…prefiro ser eu a ajudar o destino…
Ninguém disse que….era fácil estar vivo, mas se antes vivi um conflito entre razão e coração, hoje estão os dois novamente em sintonia….ambos preparados para continuar a percorrer o caminho longo e escuro que me pode levar a ti… Já viste como é triste a noite sem o luar? É assim a minha vida sem a luz do teu olhar.
Ninguém disse que é impossível …acredito e luto, mesmo que tudo pareça escuro e perdido….

dedicado a ti (sabes kem...não é preciso escrever), há histórias assim....e a todos voçês que me inspiram para escrever....I love you all...

um feriado qualquer





15 de Agosto de 2006, este dia que poderia ser apenas e só mais 1 feriado de praia, mas devido ao menos bom tempo e também devido a um pedido especial, da minha tia Carla, para ficar com o mais pequeno (em tamanho físico) amor, a minha prima Leonor, acabei por ficar em casa.

Dizia eu que, este , que era apenas mais 1 dia feriado qualquer, foi um dia especial e diferente.
Na véspera tinha comprado 1 filme (aqueles senhores que andam a vender dvd nas ruas e restaurantes) que a minha eterna chefinha Maria do Rosário Lopes, me tinha referenciado, sabendo do período que atravesso na minha vida. Disse-me “Vê o filme que vais gostar e vai ajudar a que vejas as coisas de outra forma. Esse filme era “a Casa do lago”.

Então neste feriado, lá fui eu, para casa dos meus tios, ficar com a minha Nori, enquanto eles iam resolver assuntos entre eles, brinquei com ela, mudei-lhe a fralda e começamos os dois a ver o filme, é certo que ao fim de 10 minutos a minha bebé já estava a dormir.

Voltando ao filme, “A casa do Lago” com Sandra Bullock e Keanu Reeves, para aqueles que ainda acreditam no amor, para aqueles que acreditam que a vida não nos vira as costas, aqueles que lutam, pelo que é certo, para aqueles que acreditam, mesmo que tudo pareça perdido e acabado, para aqueles que sabem e conseguem esperar, porque acreditam que um dia a vida volta a juntar o que de bom separou, para esses dizia eu, para os sonhadores, este filme é um conforto á alma, um reforço a esperança que todos podemos ser felizes e ultrapassar as mais absurdas dificuldades, uma chávena de chá numa noite Inverno ou uma bebida fresca numa noite de verão…para aqueles que se revêem nesta pequena parte do texto, FICA A SUGESTÃO, não é apenas e só mais uma história de amor.

Acabou o filme reflecti sobre ele…e voltei para a minha Leonor, eram horas da minha bebé acordar e comer….

Num feriado qualquer, reflecti que lutar também é saber esperar, que quando os sentimentos são ou foram grandes e verdadeiros, 1 dia vêm ao de cima….”eles esperam, eles se reencontram, eles tem outra chance…”
“se te amo sou capaz de esperar que a vida nos dê outra chance”




Ps..dedicado a ti “Chefinha Rosário” sei que se hoje estou onde estou, também tens a tua cota de responsabilidade……

As lágrimas não se veêm....até porque eu dou muito valor áquelas que caem por dentro.São mais sentidas. Ter um amigo como tu...é .....delicioso. Amigo espiritual, que não está presente...mas é sentido .Sabemos sempre onde encontrar.
Quanto à Casa do Lago....e à mensagem que é transmitida...podem muitos pensar que é mais uma história de amor lamecha.Não é...de certo que não é.
è a constante procura da outra metade da laranja...da outra metade do SOL...da outra metade da LUA.
A vida pode ser dura para quem a desperdiça. Mas tu, és um lutador nato. Até lutaste para nascer...Lutaste para chegar onde estás.E porque não lutar por algo tão delicioso e aconchegante...o amor da outra metade.
Existem pessoas que já encontraram a sua metade, mas por contrariedades da vida, não têm oportunidade de partilhar o espaço e o tempo! Outras que, ainda lutam desesperadamente para encontrar a sua metade algures neste espaço.
Nem o desespero da impaciência provoca a desistência...a falta de esperança.
Não desistas da tua metade...nunca.
Um beijo grande para o meu eterno chefinho.


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não é apenas mais um exemplo....

é reconfortante receber algo, de alguém, que demonstre o quanto somos importantes para esse alguém....mesmo que seja apenas um bocado de papel, com um desenho e umas meras palavras.Felizmente sempre consegui criar uma relação muito boa entre, mim e os meus jovens, por todos os lados por onde passei em trabalho...são gestos como este, espontâneos, que mais nos marcam.....não é apenas só mais um exemplo, é o exemplo, pois todos eles são especiais e únicos, que ficam guardados no meu cantinho de recordações especiais.... obrigado MC, há muito que fazes parte do meu cantinho de memórias


ps:cliquem em cima da imagem para verem melhor



outra forma de solidão

Muitas vezes se diz, se comenta que o ser humano têm medo da solidão….não falo da solidão enquanto estar só, sem amigos, sem familiares, sem ninguém para partilhar ideias, medos, receios, desejos. É normal que assim seja, porque desde que nascemos fomos educados para viver numa sociedade que nos vicia e ensina, que nos educa e nos guia, de uma forma tão discreta quanto natural, e como bichos sociais que somos, temos necessidade de não sentir essa solidão.

Quando aqui falo de solidão falo, do medo que o ser humano tem de não encontrar alguém com quem possa partilhar os seus mais íntimos desejos, afectivos, sexuais, alguém que, quando começamos esse envolvimento, pensamos e queremos acreditar que estará o resto das nossas vidas ao nosso lado, mesmo que por vezes ausente fisicamente.

Quando aqui falo em solidão falo do medo de não ter um namorado/a, porque muitos ou poucos, normalmente todos temos amigos com quem partilhamos a nossa vida, mas esses sabemos que estão lá, e não é que não exista também o medo de os perder, mas são medos diferentes, a solidão da perda de amigos é inversa a perda do um namorado/a, porque com eles partilhamos algo que não se partilha com os simples amigos…o nosso corpo e a nossa alma, num momento em que se faz amor, num momento de intimidade, se fossem solidões idênticas, não teríamos medo de nunca encontrar alguém que nos preencha nos dois aspectos amiga/o e namorada/a….por alguma razão (normalmente) não vamos para a cama com as nossos amigos, por alguma razão partilhamos tudo, até podemos chegar ao ponto de contar pormenores, mas não lhes damos a oportunidade de vivenciar essa nossa intimidade.

Duro é quando as duas formas de solidão que falei atrás se juntam num só caso….e nesses casos o tamanho da sala onde estamos sós parece que aumenta, parece não, aumenta certamente!

Consigo compreender o porquê de termos medo de estarmos sós…..sem querer provar o gosto de não termos alguém que partilhe connosco a nossa solidão, porém muitas vezes esse medo, receio, confunde-se com um outro sentimento chamado Amar, e como essa partilha é boa, confundimos medo de estar só com amor….e mesmo que tenhamos duvidas, mantemos a relação, simplesmente para não estarmos sós…..para não nos sentirmos sós, para não estarmos em solidão.


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terça-feira, agosto 08, 2006

seios....comentem se forem capazes


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