sexta-feira, abril 17, 2009

perde e supera-te...

A perda não é mais que o sentimento de frustração, de impotência, levado ao extremo máximo da incapacidade, de não termos o poder de recuar o relógio. Se assim fosse, se esse poder existisse, não perderíamos as coisas que mais gostamos, as pessoas que mais ama-mos, poderíamos dizer as palavras que não dissemos, dar o beijo que não demos.

A perda, a perda deixa-nos vazios, como uma qualquer divisão sem móveis, bebe-nos o sumo da nossa metade da laranja, deixa-nos secos, áridos, desérticos.
A perda rouba-nos tudo, deixando-nos vulneravelmente despedidos como viemos ao mundo.
A perda, é uma ladra rápida, cruel e impiedosa.

Poderia ficar a escrever a tarde toda sobre a perda, mas não quero, não lhe vou dar importância.

Vou antes dar importância ao que ela nos deixa....

De tanto que nos tira, gosta de nos deixar, algo como bilhete de recordação.
De tanto que nos tira, a perda devolve-nos uma capacidade inata e por vezes esquecida em nós, a capacidade de superação.

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