sexta-feira, janeiro 12, 2007

A vida como porto de abrigo

A vida….
A vida assemelha-se a um porto de navios,
A uma estação de comboios
Ou a um aeroporto.

Há vidas que poucos são os barcos que chegam ou partem,
Há vidas que muitos são os aviões que partem ou aterram

A vida….
A vida será sempre o que fizermos dela,
Dos portos que decidirmos atracar,
Dos aviões que em nossa pista deixarmos aterrar.

Hoje sou eu que parto,
Deixando de ter oportunidade de transitar diariamente,
nos carris das vossas vidas,
mas com a esperança de ter deixado,
em cada um de vocês um vagão.

Um vagão carregado de tudo de bom,
Que a vida pode ter e que se possa desejar…
Deixando um cais, uma linha, uma pista,
Para continuarem a atracar, a estacionar, a aterrar,
Porque quero fazer da minha vida
Um sitio apenas de chegadas,
Vivo com essa utopia,
Mas deixai-me viver com ela,
Vivamos com essa utopia
Mas deixem-nos viver com ela

Só acreditando em pequenas utopias,
Conseguimos voltar a fazer navegar, circular ou voar,
O problemático barco, comboio ou avião,
Que nos escolheu como abrigo


Comentário: sabiiituuudo@gmail.com

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