quarta-feira, outubro 08, 2008

Charles Chaplin,“O Grande Ditador”

"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador.
Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja.
Gostaria de ajudar todos, se possível, judeus, gentios… negros… brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros.
Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que temos de nos odiar e desprezar uns aos outros?
Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.
Criamos a época da produção veloz, mas sentimo-nos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Os nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; a nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura!
Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido."
Charles Chaplin, Discurso proferido no final do filme “O Grande Ditador”,
retirado do Blog 2+2=5

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