segunda-feira, abril 23, 2007

Miguel Torga

"Esperança.
Canto.
Mas o meu canto é triste.
Não sou capaz de nenhum outro agora.
Em cada verso chora
Uma ilusão,
tolhida na amplidão,
que lhe sonhei….
Felizmente que sei
Cantar sem pressa.
Que sei recomeçar….
Que sei que há uma promessa no acto de cantar"

Miguel Torga

quarta-feira, abril 18, 2007

o que vale uma licenciatura??


Não…não vou aqui falar da licenciatura do Srº engenheiro?? Primeiro Ministro José Sócrates!! Nem vou aqui comentar todas as questões, problemáticas envolvendo a universidade Independente.
Mas todas estas situações, fizeram-me mais uma vez questionar o que vale ter uma licenciatura neste país?
São aos milhares aqueles que com maior ou menor dificuldade financeiras, com maior ou menor dificuldades intelectuais queimaram pestanas durante anos, na esperança de terem trabalho nas áreas no qual se licenciaram ou se doutoraram.
Sejamos realistas, temos os centros de emprego entupidos de psicólogos, jornalistas, engenheiros….a medicina entupida, e as poucas vagas que existem são para o chamado factor “C”, áreas como a biologia e semelhantes pouco ou nenhum futuro há em Portugal. Mas a cereja no topo do bolo fica para os professores, onde a esperança de conseguir uma vaga é cada vez mais remota, fazer carreira no ensino é cada vez mais m sonho.
A pergunta que os nossos (poucos) jovens devem fazer quando chega a hora de escolher que caminho seguir para a faculdade, será que licenciatura tirar que não me deixe no desemprego? Mais grave se torna, quando os licenciados se vêm quase constantemente ultrapassados em determinadas situações. Contratar um não licenciado até sai mais barato que um licenciado, por exemplo, de todos os formados em sociologia em Portugal, quantos exercem mesmo sociologia. Penso que seja frustrante.
Quanto vale na realidade uma licenciatura em Portugal? Quase nada, mas os abrangidos pelo “Factor C”, ainda as compram…..

Ps: Eu não sou licenciado, optei por outra via, e sinceramente não me arrependo, mas decidi escrever sobre este tema, porque diariamente partilho das frustrações, questões, problemáticas de muitos amigos, que são licenciados e que infelizmente não conseguem uma oportunidade de trabalho…

sexta-feira, abril 13, 2007

superstições

Estádio da Luz, Benfica – Espanhol de Barcelona. Entro mais tarde no estádio do que habitualmente o faço nestes jogos de maior confusão. Depois de duas ou três corridas para falar á “família”, olho para o relvado com olhos de ver, e observo que o Benfica está a jogar de norte para sul na primeira parte…. “que merda, já fomos!”, pensamento que me passou imediatamente pela cabeça.
Perguntam vocês se os campos são iguais, se as balizas são iguais, porque é que o simples facto de se jogar na primeira parte para o lado que não é habitual, pode ter influência num jogo?
Nenhuma, como é obvio.
Não me considero uma pessoa muito supersticiosa, mas tal como toda a gente, tenho os meus rituais, que se não os fizer, parece que as coisas já não vão correr bem.
Esta superstição que referi em cima, a do Benfica jogar as segundas partes dos seus jogos em casa de norte para sul, sei que é partilhada com quase todos aqueles que frequentam habitualmente o estádio, sei que é partilhada com os próprios jogadores do Benfica, é como se as coisas a eles próprios já não corresse bem, existindo o mito da baliza sul ser maior que a baliza norte, “a baliza grande” como lhe chamamos.
Outra pequena superstição minha, a que prefiro chamar ritual, é o facto de quando me equipo para treinar / jogar futebol, calçar sempre a meia direita, depois a meia esquerda, calçando-me em seguida pela mesma ordem, talvez ainda o faço porque nunca tive nenhuma lesão grave nos anos que levo desta pratica desportiva.
Não ligo ás histórias do passar em cruzamentos, passar por debaixo das escadas, ás sextas - feiras 13, mas tenho pequenas superstições (rituais), com os quais parece que as coisas correm melhor.

Hoje é sexta-feira 13, não tenham muitos azares……

quarta-feira, abril 11, 2007

Ainda o cartaz, só para acabar


Depois de tanto se falar sobre os cartazes do Marquês, depois de tantas ameaças via e-mail, esperava com ansiedade o “diz que é uma espécie de magazine” desta semana. O pior é que fiquei mesmo pela espera. Espero que tenha sido só esta semana porque era Páscoa e tal…..se a rtp, tira os gatos e deixa o Marcelo dá um enorme tiro no pé a nível de audiências televisivas, é que por mais opiniões e escolhas que o Marcelo Rebelo de Sousa tenha para dar, poucos serão aqueles interessados em ouvir. Espero que este acto do cartaz não tenha nada haver.
A judiciária diz que os e-mails ameaçadores recebidos pelos gatos, são de pessoas ligadas simultaneamente ás claques dos grandes clubes de Lisboa e ao PNR.
Como conheço bem o meio das claques, fica aqui o meu recado / conselho a um grupo da Juventude Leonina e outro dos Diabos Vermelhos, que não vale a pena referir os nomes (aliás falar neles aqui neste meu espaço, já é dar demasiada importância para a MERDA que são!). Deve ser duro viver num mundo de frustrações, deve ser duro ter vento na cabeça e não conseguir ter ideias próprias, deve ser duro ser acéfalo e retrógrada.
Há ai muito psicólogo no desemprego, procurem-nos, mas provavelmente o estado da doença é tão avançado que não tem cura.

Dono de mim

A folha rasgada é sinónimo de algo que tentas esquecer,
é sinónimo que entre um número e outro falta um outro!
Porque rasgo eu esta folha,
porque quero eu rasgar esta folha?
Na vida não dá para emendar,
dá para fazer outra vez….?
Será que valeria a pena voltar a fazer….
Será que não voltaria a fazer como fiz…..
Foi assim que escrevi da primeira vez,
foi assim que pintei este quadro,
foi assim que escolhi as cores.
Ao menos isso, sou dono de mim!!
Sou dono das minhas vontades,
dos meus desejos, crenças, gostos….dono de mim!
A folha…? Deixo-a ficar…
Talvez volte a reler o que lá escrevi…
Sem ter vontade de a rasgar, talvez um dia…..
Talvez um dia, essas mesmas cores que escolhi,
ganhem vida, e possam fazer acreditar!


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sábado, abril 07, 2007

Cada vez mais fedorento ll


Há pouco tempo escrevi um texto a que dei o nome “cada vez mais fedorento”, em que falava desse quarteto, que me alegrava os serrões de domingo á noite.
Deste vez, volto a escrever sobre eles, obviamente pelo cartaz que decidiram afixar no Marquês de Pombal ou lado de um outro de um tal Partido Nacional Renovador.
Vamos por partes

Este Partido Nacional Renovador, é mais um grupo de gente acéfala, complexada, retrógrada, e poderia continuar, mas estar a gastar o meu latim a falar sobre gente que não merece o tempo de antena que lhes foi dado na ultima semana, não vale a pena.

A lei Portuguesa permite que os partidos políticos afixem cartazes livremente tenham eles a mensagem que tiver, mesmo contendo mensagens xenófobas, tal como admitiu o gabinete do vereador dos espaços públicos da Câmara Municipal de Lisboa. (
http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF179236). Porque tem os partidos políticos regimes de excepção em relação a outras instituições. Filtra-se um outdoor de uma empresa, associação ou cidadão, mas os partidos podem pôr ou dizer na rua o que lhes vem a mente. No mínimo estranho.

Sempre disse que se é para votar, nunca votaria num partido, por ser um partido, votaria numa pessoa em que acreditasse no discurso (Gatos não se querem candidatar nas próxima eleições? Um voto já têm).
Finalmente temos alguém que consiga fazer critica politica de uma forma que os portugueses todos, mesmo os mais incultos entendem, critica politica humorada, directa objectiva. O que dá mais gozo é que é feita em plena televisão pública, em plena televisão paga pelos contribuintes, enquanto estiverem no Canal 1 da RTP, quando olhar para o meu recibo de vencimento e vir os descontos que faço, vou sempre pensar que é para ajudar a pagar os vossos ordenados.

Agora não se esqueçam de os ameaçar de morte, como já alguém se lembrou de fazer, façam-no para eles nos continuarem a matar de riso, ironizando com a estupidez e pequenez de certas pessoas, certos ideias ultra – ultrapassados.

Por fim, o que originou tudo isto, o Nacionalismo ou melhor a vitória do Oliveira Salazar numa estúpida votação promovida pela RTP com o nome “Grandes Portugueses”, esse partidozinho sentiu-se com força derivado á vitória desse ditador nessa votação. Como referi num texto que escrevi sobre essa votação, grandes portugueses somos todos nós que ainda cá estamos, que ainda acreditamos e nos levantamos todos os dias na esperança de levantar este país, grandes portugueses são os estrangeiros que fazem o mesmo e que de forma honesta tentam ganhar a sua vida e contribuir para a economia colectiva deste país. Qual é “nossa" moral de mandar-mos alguém para a terra deles, quando existem portugueses espalhados pelos quatro cantos deste planeta?
O Português passa a vida a dizer mal do país, que isto, que aquilo, que o outro, e só se lembra que é português quando joga a selecção nacional de futebol ou quando está o estrangeiro.
Ser nacionalista é ter orgulho da nossa história, na nossa língua, no nosso hino, no nosso rectângulo á beira mar plantado, mas ter sempre a mente aberta para conhecer outras culturas, outros povos, outros ritmos, outras vivências, ou vamos ter um pensamento americanizado que o mundo somos nós e o resto é paisagem?

Cada vez mais fedorento, sejam eles gatos, doninhas (Da weasel), ratos ou todo e qualquer bicho utilizado por todos aqueles que criticam estruturadamente, não só criticar por criticar, seja através do humor, da música, da televisão (black Skin), rádio ou jornal. “Já foi ao Intendente Srº Presidente?”

terça-feira, abril 03, 2007

“onde está você agora….”?

Saudade é olhar para as fotos e sentir a tua falta,
saudade é olhar para as nossas lembranças e sentir a tua falta,
saudade é invadires os meus sonhos,
obrigando-me a sentir a tua falta!
É viver sentindo sempre frio,
é nunca ver a luz do dia,
ser perseguido pelas sombras!
É chorar em cada dia especial,
em cada aniversário de uma lembrança passada!
Saudade é soletrar cada refrão que nos uniu,
cada noite que nos juntou,
questionar cada motivo que nos separou!
saudade é viver perguntando
“onde está você agora….”?

O destino não é mais que interesse!
De umas vezes interessa-nos acreditar que somos nós que o fazemos, de outras interessa-nos acreditar que já nascemos com ele marcado, dias e horas.
Estamos destinados, ou fazemos destinar….??

Pessoas especiais, procuram pessoas especiais


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