sábado, abril 07, 2007

Cada vez mais fedorento ll


Há pouco tempo escrevi um texto a que dei o nome “cada vez mais fedorento”, em que falava desse quarteto, que me alegrava os serrões de domingo á noite.
Deste vez, volto a escrever sobre eles, obviamente pelo cartaz que decidiram afixar no Marquês de Pombal ou lado de um outro de um tal Partido Nacional Renovador.
Vamos por partes

Este Partido Nacional Renovador, é mais um grupo de gente acéfala, complexada, retrógrada, e poderia continuar, mas estar a gastar o meu latim a falar sobre gente que não merece o tempo de antena que lhes foi dado na ultima semana, não vale a pena.

A lei Portuguesa permite que os partidos políticos afixem cartazes livremente tenham eles a mensagem que tiver, mesmo contendo mensagens xenófobas, tal como admitiu o gabinete do vereador dos espaços públicos da Câmara Municipal de Lisboa. (
http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF179236). Porque tem os partidos políticos regimes de excepção em relação a outras instituições. Filtra-se um outdoor de uma empresa, associação ou cidadão, mas os partidos podem pôr ou dizer na rua o que lhes vem a mente. No mínimo estranho.

Sempre disse que se é para votar, nunca votaria num partido, por ser um partido, votaria numa pessoa em que acreditasse no discurso (Gatos não se querem candidatar nas próxima eleições? Um voto já têm).
Finalmente temos alguém que consiga fazer critica politica de uma forma que os portugueses todos, mesmo os mais incultos entendem, critica politica humorada, directa objectiva. O que dá mais gozo é que é feita em plena televisão pública, em plena televisão paga pelos contribuintes, enquanto estiverem no Canal 1 da RTP, quando olhar para o meu recibo de vencimento e vir os descontos que faço, vou sempre pensar que é para ajudar a pagar os vossos ordenados.

Agora não se esqueçam de os ameaçar de morte, como já alguém se lembrou de fazer, façam-no para eles nos continuarem a matar de riso, ironizando com a estupidez e pequenez de certas pessoas, certos ideias ultra – ultrapassados.

Por fim, o que originou tudo isto, o Nacionalismo ou melhor a vitória do Oliveira Salazar numa estúpida votação promovida pela RTP com o nome “Grandes Portugueses”, esse partidozinho sentiu-se com força derivado á vitória desse ditador nessa votação. Como referi num texto que escrevi sobre essa votação, grandes portugueses somos todos nós que ainda cá estamos, que ainda acreditamos e nos levantamos todos os dias na esperança de levantar este país, grandes portugueses são os estrangeiros que fazem o mesmo e que de forma honesta tentam ganhar a sua vida e contribuir para a economia colectiva deste país. Qual é “nossa" moral de mandar-mos alguém para a terra deles, quando existem portugueses espalhados pelos quatro cantos deste planeta?
O Português passa a vida a dizer mal do país, que isto, que aquilo, que o outro, e só se lembra que é português quando joga a selecção nacional de futebol ou quando está o estrangeiro.
Ser nacionalista é ter orgulho da nossa história, na nossa língua, no nosso hino, no nosso rectângulo á beira mar plantado, mas ter sempre a mente aberta para conhecer outras culturas, outros povos, outros ritmos, outras vivências, ou vamos ter um pensamento americanizado que o mundo somos nós e o resto é paisagem?

Cada vez mais fedorento, sejam eles gatos, doninhas (Da weasel), ratos ou todo e qualquer bicho utilizado por todos aqueles que criticam estruturadamente, não só criticar por criticar, seja através do humor, da música, da televisão (black Skin), rádio ou jornal. “Já foi ao Intendente Srº Presidente?”