domingo, junho 04, 2006

E quando um inocente se deita.


Este texto, para mim vai ser muito dificil de escrever, pelas emoções que me fazem despertar, e pelo sofrimento que me causou a situação...
Não vou aqui relatar a história porque teria que revelar muito mais da minha privacidade, do que pretendo mostrar neste blog..
Depois de procurar entender a reacção a uma situação, por parte de uma pessoa que me é muito próxima (á qual vou chamar JOÃO), de procurar saber o porque de tanto odio, o porque de tanta raiva, o porque de tanto desprezo, o porque de essa pessoa me estar a tratar como se de um cão abandonado fosse, ou como se fizesse parte do lixo, de qualquer contentor espalhado pela nossa cidade, pensei sempre que seria pelo sofrimento que causei (eu sei) a essa pessoa, mas conhecendo a pessoa em questão, como conheço, não encontrava, como resposta possivel, esse sofrimento causado.
Finalmente consegui, depois de muito custo, já que “JOÃO”, não me dava sequer a oportunidade de falar, consegui dizia eu, ter a oportunidade de falar, ouvir e entender o porque de tais sentimentos...
“JOÃO” julgou-me por uma atitude que pensou que eu tivesse tido, “JOÃO”, levou-me a julgamento, sem sequer me ter dado hipotese de defesa, quando anteriormente, eu e outros lhe disseram sempre que a acusação que “JOÃO” me fazia não tinha acontecido e nunca aconteceria. De qualquer forma “JOÃO”, levou-me a tribunal, julgou e condenou-me a prisão prepetua, condenou-me, sem me ouvir, sem pensar no caracter, personalidade e discurso da pessoa que julgava.
Nesse dia, nessa noite, soube o que sente um prisioneiro que está aprisionado por um crime que não tenha cometido, senti a revolta de sermos acusado injustamente, e mais injustiçado me senti por ter sido acusado e julgado por alguém que me conheçe, e se relaciona comigo, faz parte da minha vida, não há 7 dias, mas há 7 anos.
Nesse dia, nessa noite, quando me deitei ao fim do dia, respirei fundo, e tive orgulho daquilo que fui e sou, nesse dia pensei em todos, que tal como eu estão presos injustamente, posso cumprir pena perpetua, mas a minha consciencia disse-me, descansa em paz, porque eu também estou...o crime de que te acusam não o cometeste...e dormi
Acredito que também todos os que estão injustamente presos sentiram o mesmo e a sua consciencia dirá o mesmo, e também eles dormirão em paz....
Não sei se todos terão a capacidade de perdoar os seus acusadores, eu sei que eu tive, e que a “JOÃO” perdoei a pena, que me decretou, pelo crime que não cometi...
Penso que seja isso que sente...quando um inocente se deita....


Não sei se todos terão a capacidade de perdoar os seus acusadores, eu sei que eu tive, e que a "JOÃO" perdoei a pena, que me decretou, pelo crime que não cometi...posso até ter cometido outros, menos graves certamente, mas nunca este grave crime pelo qual fui julgado.

Ps....dedico este texto e a todos os que cumprem pena injustamente, e ao "JOÃO" que há em nós,digo, para não ditarmos sentenças sem certezas....mas as injustiças aconteçerão sempre....


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