sábado, março 22, 2008

Quem culpar???

As imagens valem mais que mil palavras!
Palavra simples como respeito, desapareceu do léxico do dicionário português! Mais uma vez sou obrigado a falar da demarcação parental em relação à educação dos filhos, mais uma vez sou obrigado a criticar esta "gera", que apesar de ter a vida em tudo facilitada insiste em dar tiros nos pés!
Que atitude tomarão os pais desta jovem, em relação ao comportamento dela face à professora? Que atitude tomará a escola? Que respeito terão daqui para a frente os jovens daquela turma, daquele escola, aquela professora?
Uma sala de aula tornada num circo, onde o professor se tornou o principal palhaço!
Palavras como lamentável, inimaginável, inconcebível e outras semelhantes, não chegam para qualificar cerca de dois minutos de imagens!
Quem culpar? Ninguém! Não culpemos ninguém, não façamos nada, e continuemos a criar meninos caprichosos, mimados e a cedeu ás suas excentricidades, sem que eles percebam onde fica o respeito, o fazer por merecer, o lutar para ter, sem noção de valores! Um dos lemas dos jovens de hoje passou a ser o EU QUERO, POSSO, E TENHO! Quem culpar?
Ps: Um cartão vermelho não só para esta jovem e os seus colegas de turma, mas para todos nós...Sociedade!


2 comentários:

Armando Rocheteau disse...

Caro Valdo (ex-aluno de que me orgulho e conto entre os amigos):
Ser professor é difícil.
Abraço para quem sei que vai aguentar a camisola.

Faleiro disse...

Sou professor, bem sabes. Custa-me ver os meus alunos de 8 anos a jogarem ao berlinde e terem umas máquinas esquisitas para os lançar. As escolas hoje em dia não têm um espaço "de terra" para fazermos as covas... Aliás, os meus alunos nem sabiam que os berlindes, na sua forma mais tradicional, são objectos de um jogo jogado na terra, com covas.
Os piões têm um lançador...
Os afias já não são aqueles de metal...

O Mundo está em mudança, e a geração que frequenta actualmente o ensino secundário é por mim apelidada de Geração Loft...

Gente tipificada (por serem todos iguais), onde as diferenças que existem tendem a desaparecer.
Gente que, à semelhança da minha geração, se habituou a ter tudo de mão beijada. Gente que actualmente vive a partir dos 8/9 anos com um telemóvel, que nasceu na sociedade da informação e da informatização, gente que vem desprovida daquilo que realmente tem valor: a amizade, e o dar valor às coisas pequenas da vida.

Se soubessem o que é viver na simplicidade da partilha de uma conversa que não meta purpurinas ou cabelos à cão-de-água ao barulho...

Grande abraço amigo.