terça-feira, março 18, 2008

Em nome da saúde pública



Pronto! É o fim da picada! Os putos agora já não poderão fazer tatuagens, nem usar alargadores ou piercings, sem que andem com o papel comprovativo assinado pelos papás, autorizando que eles transportem tais desenhos na tez, ou artefactos nos sobrolhos, boca, costas ou genitais? Pergunta parva, quem vai andar a inspeccionar os genitais dos “kids” sub 18 na rua? È claro que a saúde publica é importante, mas em doenças como gripes, epidemias, vírus mortais e ou saneamentos! Neste caso será apenas, uma melhoria estética da saúde pública!? Algum ministro terá se lembrado de propor semelhante lei, quando se terá assustado, pelo seu filho/a, ter-lhe pedido autorização para tal pagão acto!
Preocupação com saúde pública será isso sim, inspeccionar e regular, as casas onde tatuagens e piercings são feitos, prevenir os mais jovens para os riscos que podem ocorrer, quando as coisas não são feitas por profissionais, mas sim por amigos ou amigos de amigos!
Confesso, não sou fã de piercings e alargadores e uma tatuagem tem que ser, algo muito significativo para a pessoa que a faz, e para mim representa uma arte e uma forma de nos distinguir um pouco dos nossos semelhantes, ou transmitir de forma visual e muito rápida, parte daquilo que somos, (porque somos sempre mais que uma simples tatuagem) pessoalmente ainda não tenho, mas um dia….
Fico expectante, para as cenas dos próximos capítulos desta mini serie!


"Desde os primórdios da existência humana, que em todas ou muitas das civilizações, tem havido o culto do corpo, o uso de joalharia em diversas partes do mesmo, com diversas espessuras, em diversos materiais, e maiores ou mais pequenos. A meu ver, são fruto da nossa vontade mais tribal, o facto de podermos personalizar o nosso corpo, de nos podermos destacar do resto, é uma afirmação tribal.Desde os Maias na América Central, aos Masai do Quénia, vemos orelhas alargadas, furos nas sobrancelhas, até embutimentos de jade nos dentes (Maias), ou pratos labiais (povos de África). Não devemos repugnarmo-nos ao ver tais coisas, nem tão pouco achar estranho, apenas por não pretencermos a essas culturas; também na Europa tivemos coisas "horriveis" que envolvessem auto-flagelação como a pinetencia religiosa, em que as pessoas provocavam dores insuportáveis no seu próprio corpo, em prole da ascenção espiritual. Será isto diferente do que o que os Sihk fazem ao caminhar nas brazas? Ou o que os faquires que se perfuram com espadas e agulhas enormes em público? Encaro este universo com imparcialidade de cultura, somos todos humanos e somos todos criaturas tribais: o que é o football, a não ser uma manifestação de tribalismo, em que apenas escolhemos a tribo (clube) que gostamos e furiosamente ambicionamos a victoria, ou derrota do adversario? O que são os esteriótipos sociais? Gente que se une por gostos e personalidades, que acabam por ter estilos de roupa e mentalidades semelhantes, e assim se unem e convivem como tribos.
Com este blogue ofereço a minha visão sobre este assunto, onde se assumem estes mesmo impulsos tribais.

A uma sociedade que por um lado os aceita mas que por outro os repugna."

"Oi amigo,concordo plenamente contigo. Já penssaste em editar um livro com as tuas crónicas. Eu kero um exemplar e autografado. Bj Grande fica bem e continua a encantar-nos com as tuas palavras :)"
Susana Correia

2 comentários:

Pedro Morgado disse...

No Avenida Central, texto absolutamente certeiro de Pedro Romano. Merece uma leitura.

Anónimo disse...

eu acho que não se deviam usar tatuagens no mundo , porque isso dá cancro a milhares de pessoas . as tatuagens podem ser bonitas mas não prestam