terça-feira, setembro 12, 2006

11 de Setembro de á 5 anos atrás…

Nesse dia, á 5 anos atrás, estava de férias (julgo eu) cheguei a casa e tinha o meu amigo Aydogan colado na tv a ver uma das torres do World Trade Center a arder, pouco tempo antes, tinha embatido o 1º avião numa das torres gémeas, na altura, não sabíamos ou melhor, ninguém sabia o que estava a acontecer, mas o que era para ser uma tarde de praia, passou a ser uma tarde de Behaviorismo total, a praia cada vez mais longe e de imediato o ligar para a telepizza, para alimentar o estômago.
Hoje á distancia, percebo o que nos prendeu…a mim, a ele, a nós, e a mais não sei quantos milhões, aos ecrãs mágicos que há muito tempo mudaram o mundo. O que nos prendeu foi a morte em directo, foi tentar perceber o que estavam a pensar, sentir, como tentavam fugir aqueles que estavam dentro daqueles edifícios, que comportamento estavam a ter, foi tentar perceber antes dos próprios, se iam morrer asfixiados, atulhados ou simplesmente se saltavam do alto de uma das torres impelidos pelo desespero, os crentes no deus cristão ou em outro deus de uma outra religião, talvez rezassem, para que algum milagre os salvasse.
Se Tarantino ou Spike Lee, talvez os realizadores que melhor imaginam, mortes sórdidas em Hollywood, tivessem escrito um argumento para aquele filme, nunca mas nunca, se igualaria…e porquê??? Porque o que estava a acontecer era reality tv, a morte em directo para o mundo. Tragédia, naturais ou não e atentados sempre aconteceram, mas aquele foi o 1º grande acontecimento trágico a passar em directo.
O fim desta realidade, que nós assistimos como qualquer filme que passa na tv, foi o cair de ambas as torres.
Dizem que foi o dia que mudou o mundo, porque abriu uma nova e mais alargada ferida entre Cristão e Árabes, entre Europa/América e o Médio Oriente, mas principalmente porque a morte passou em directo para milhões verem, e darem valor a vida, porque ela pode ser retirada numa qualquer manha de 11 de Setembro…..




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