terça-feira, janeiro 04, 2011

deixaram-me com a demência

Paro para respirar, quero perceber se estou vivo,
Quero perceber se caminho, e para onde caminho!
Tento-me a cada despertar, controlo-me a cada amanhecer.
Revigoro-me do breu nocturno, onde mergulho de cada vez que me deito.

Por vezes fazem-me duvidar da minha lucidez,
Confesso que por vezes também eu duvido,
Mas aceito de bom grado a minha elevada dose de loucura!
Percebo “que mais vale a lágrima da derrota,
do que a vergonha de não ter lutado”!

paro outra vez para encher os pulmões
quero soltar o grito, de raiva, de revolta, de angustia, de desespero
mas percebo que já aqui não moram!
Partiram!
Deixaram-me a sadia demência, das memórias!

Essa mesmo que tal como um cão, se deita onde e como quer!
Não há que e como contraria-la.
É deixa-la viver.
É deixar o frio gelar-nos a cara
É deixar o sol, aquecer-nos a pele,
É sentir que estamos vivos…
para onde o destino nos levar……

*para a familia verissimo, pelas nossas memórias....

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